Como a medicina de precisão pode melhorar o tratamento de metástases hepáticas?
O câncer colorretal (CCR) é um dos tipos de câncer mais comuns e uma das principais causas de morte por câncer, tanto nos Estados Unidos quanto no mundo.
A chance de sobrevivência é alta quando o câncer é detectado precocemente, mas cai drasticamente para aqueles que já estão em estágio avançado, com metástase. Nos EUA, 21% dos casos de CCR já são diagnosticados com metástases.
O tratamento mais eficaz para metástases no fígado, decorrentes do CCR, é a remoção cirúrgica completa do tumor, muitas vezes combinada com quimioterapia. Com os avanços nas técnicas de imagem e no tratamento oncológico, os resultados têm melhorado, permitindo abordagens mais personalizadas para cada paciente.
Alterações genéticas e moleculares são fundamentais no desenvolvimento e progressão do CCR, e entender essas mudanças é essencial para criar tratamentos mais eficazes. Por exemplo, mutações nos genes APC e TP53 estão diretamente ligadas à evolução do câncer. Além disso, perfis moleculares específicos, como mutações nos genes RAS e BRAF, influenciam como o paciente responde ao tratamento e as chances de sucesso na cirurgia.
A seleção criteriosa dos pacientes para cirurgia se torna fundamental, uma vez que apenas a remoção completa do tumor oferece a possibilidade de cura para metástases hepáticas. Em alguns casos, a quimioterapia é utilizada para reduzir o tamanho do tumor antes da cirurgia.
Novas terapias, como imunoterapia e tratamentos direcionados, têm mostrado resultados promissores em casos avançados, especialmente para pacientes com certas mutações genéticas.
A combinação de quimioterapia com cirurgia continua sendo o tratamento padrão para metástases hepáticas do câncer colorretal, com o objetivo de prolongar a vida e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
🧬 Baseado no artigo escrito por mim e por colegas da área: Molecular profiling and patient selection for the multimodal approaches for patients with resectable colorectal liver metastases.
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